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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Santa Bernadette: exemplo de desinteresse,
de alienação e de holocausto (2)

Santa Bernadette, freira em Nevers, fim de outubro 1873
Santa Bernadette, freira em Nevers, fim de outubro 1873
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Oração heróica de quem foi escolhida para ser o arco por onde um raio de sol penetrou no mundo contemporâneo

Eu compreendo que para muitos ouvidos, essa oração possa ter uma conotação de "heresia branca" [Nota: expressão aqui utilizada no sentido de uma atitude sentimental que se manifesta sobretudo em certo tipo de piedade adocicada e uma posição doutrinária relativista]. Entretanto ela não tem nada de "heresia branca"!

É uma oração verdadeiramente heroica. Veja a oração no post anterior CLICANDO AQUI

Qual é o heroísmo que está dentro disso?

É o seguinte: ela teve uma graça incomparável: foi a ela que Nossa Senhora apareceu. Foi a ela que Nossa Senhora indicou onde é que estava a fonte onde deveria arranhar para que saísse a água que brota até hoje com as curas milagrosas.

Foi, portanto, a partir das revelações feitas a ela que Nossa Senhora inaugurou uma série de maravilhas pelo mundo inteiro e que sob a invocação de Nossa Senhora de Lourdes a devoção a Nossa Senhora também se espalhou maravilhosamente.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Na festa de Santa Bernadette:
sofrimentos finais pelo Papa e pela vitória da Igreja

A gruta de Nossa Senhora das Águas no fundo do jardim do convento de Saint Gildard, Nevers. Essa imagem era a que mais lembrava a Nossa Senhora segundo Santa Bernadette.
A gruta de Nossa Senhora das Águas no jardim do convento de Saint Gildard, Nevers.
Essa imagem era a que mais lembrava a Nossa Senhora segundo Santa Bernadette.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Santa Bernadette entrou no convento de Saint Gildard, na cidade de Nevers, da Congregação das Irmãs da Caridade.

Ali fez o noviciado, passou toda sua vida de religiosa que, aliás, não foi longa, e ali faleceu.

Em Saint Gildard, Santa Bernadete ficou encarregada da enfermaria do convento.

No fundo da casa há uma imagem da Nossa Senhora das Águas, dentro de uma espécie de gruta artificial.

Santa Bernadete achava que por causa da atitude de benevolência e o sorriso, essa imagem era a que melhor lhe relembrava a Nossa Senhora como lhe apareceu em Lourdes.

A saúde de Santa Bernadete sempre foi periclitante. Com o tempo, não fez senão piorar, trazendo-lhe agonias e tormentos indizíveis. Várias vezes temeu-se que morreria logo, recebeu a Extrema unção e até proferiu os votos solenes in articulo mortis.

Em dezembro de 1876, por iniciativa do bispo diocesano e com o auxilio de outras religiosas escreveu uma carta de punho e letra ao Papa Pio IX, felizmente reinante.

Naquela época, Roma e o Vaticano estavam invadidos pelas tropas revolucionárias garibaldinas.

Beato Papa Pio IX, por quem Santa Bernadette oferecia suas mais terríveis dores
Beato Papa Pio IX, por quem Santa Bernadette oferecia suas piores dores
Ainda ecoavam no mundo católico as proezas dos zuavos pontifícios defendendo a Cidade Santa contra as tropas revolucionárias de Garibaldi e do rei Vitor Emanuel.

Na carta encontramos aspectos importantes de sua personalidade:
― “Há muito que eu sou zuavo (soldado voluntário do Papa), embora indigno, de Vossa Santidade. Minhas armas são a oração e o sacrifício”, escreveu.

E ainda dizia ao Papa da Imaculada Conceição:
― “No Céu a Santíssima Virgem deve fixar sobre vós o seu olhar com freqüência, Santíssimo Padre, pois vós a proclamastes Imaculada, e quatro anos depois, nossa boa Mãe veio à terra para dizer: ‘Eu sou a Imaculada Conceição’.”

E concluía encorajando ao Pontífice assediado por inimigos externos da Igreja e maus eclesiásticos "modernistas":
― “Eu espero que (...) esta boa Mãe (...) se dignará pousar seu pé sobre a cabeça da maldita serpente, e assim pôr termo às cruéis provações da Santa Igreja e às dores de seu augusto e bem-amado Pontífice”.



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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

O último suspiro de Santa Bernadette

Santa Bernadette: corpo incorruto em Nevers
Santa Bernadette: corpo incorruto em Nevers
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A noite de 15 a 16 de abril de 1879 foi a última de Santa Bernadette neste vale de lágrimas. Ela tinha 35 anos de idade.

Por volta das 11 horas da manhã ela quis se levantar. As religiosas a colocaram sobre uma poltrona.

Nessa hora ela ouviu o sino chamando as freiras para o almoço e pediu-lhes perdão por fazê-las atrasar.

Ela olhava sempre para um crucifixo fixado na parede.

Entre meio-dia e uma hora ela tentou comer alguma coisa, mas não conseguiu.

“Seu estado de extrema debilidade me impressionou... Eu achei que era meu dever alertar a enfermeira e chamar a comunidade” – disse a Madre Josefina Forestier.

O Pe. Febre veio logo, confessou-a de novo e recitou com ela a Oração dos Agonizantes. Ela respondia “com uma voz débil, mas clara”.

O sacerdote lembrou-lhe as palavras bíblicas do “esposo divino”:

— “Cola-me como um selo sobre teu coração” (Cântico 8,6).

Tomando o crucifixo ela o colocou sobre o coração, apertando-o com força. Como ela queria que o mesmo ficasse sempre nesse local, amarraram-no com uma fita para evitar que caísse devido aos movimentos involuntários causados pela dor.

Por volta de duas horas e quinze, uma das religiosas lhe perguntou:

— Minha irmã, vós sofreis muito?

— Tudo isso é bom para o Céu – respondeu Bernadette.

Enfermaria do convento onde faleceu Santa Bernadette
Enfermaria do convento onde faleceu Santa Bernadette
— Vou pedir a Nossa Mãe Imaculada que vos conceda consolações – disse a religiosa.

— Não, respondeu a agonizante, consolações não, mas força e paciência.

Naquele momento, Santa Bernadette lembrou-se da bênção que o Beato Papa Pio IX lhe tinha concedido para a hora da morte. Ela queria ter o papel nas mãos para recebê-la efetivamente.

Foi-lhe lembrado que isso não era necessário, bastando apenas a intenção de recebê-la pronunciando o nome de Jesus.

Nesse momento ela tentou se levantar um pouco, e apoiando a mão direita sobre o braço da cadeira, elevou o olhar para o céu e levou a mão esquerda à testa.

Seus olhos tinham uma expressão comovedora e ficaram voltados durante alguns instantes para um ponto fixo. As feições de seu rosto transmitiam calma, serenidade e, ao mesmo tempo, uma gravidade melancólica.

Poltrona sobre a qual expirou a Santa
Poltrona sobre a qual expirou a Santa
Então, com um tom de voz indefinível, manifestando mais surpresa que dor, e com uma expressão crescente, ela soltou uma tríplice exclamação:

— Oh! Oh! Oh!

E um frêmito percorreu todo seu corpo.

Faltando 5 minutos para as 15 horas, o sino tocou para as ladainhas que a comunidade recita todos os dias na capela.

Santa Bernadette disse que queria descansar um pouco. O confessor e as religiosas se retiraram.

Uma acompanhante disse:

— A Santa Virgem vai descer ao vosso encontro.

— Ah sim! Eu espero.

Por volta das 15 horas, ela pegou seu crucifixo, contemplou-o por um instante com amor, e depois beijou lentamente, uma por uma, as chagas de Cristo.

Bernadette uniu-se de novo às orações das religiosas que estavam em volta dela. Em certo momento ela repetiu duas vezes:

— Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pobre pecadora.

Alguns instantes depois, ela pediu para beber água. 

Com um gesto expressivo, fez um grande sinal da Cruz, pegou a garrafinha com uma bebida fortificante que lhe foi oferecida, engoliu duas vezes algumas gotas, e inclinando a cabeça entregou suavemente sua alma.


Sóror Gabriela, a enfermeira, entrou nesse instante.

— Eu cheguei exatamente na hora para receber seu último suspiro, que ela exalou muito suavemente, apoiada em meu braço. Ela segurou o crucifixo com a mão, apertando-o sobre seu coração. E inclinando-se para a direita, fechou os olhos.


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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

A grande Santa Bernadette:
a mais baixinha do convento

Santa Bernadette postulante em pé
dando a mão à Mãe Superiora sentada
Luis Dufaur
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Santa Bernadette não só era muito baixa, mas era a mais baixinha das freiras do convento de Saint-Gildard.

Chegava a gracejar com a irmã Josefa Caldairou para animá-la, fazendo-lhe notar que ela era mais alta um centímetro que Bernadette.

A baixa estatura de ambas fazia com que elas devessem sempre ir à frente nos cortejos.

Mas acontecia que muitas pessoas queriam conhecer Bernadette.

E como muitas delas tinham feito uma ideia adocicada e subjetiva da santidade, ficavam surpresas ao verem uma grande santa que não batia com certas imagens comumente divulgadas.

Foi o caso de Antoinette Dalias, uma noviça de 18 anos que entrou em Saint Gildard em 16 de maio de 1867, proveniente da cidade de Gers. Ela tomou o nome religioso de irmã Bernarda e foi grande amiga de Santa Bernadette.

“Mas, sim, Mademoiselle, não é senão isto”
Mas essa amizade espiritual começou do modo mais esdrúxulo ou engraçado que se possa imaginar.

Um dia, essa noviça voltou-se para a irmã Berganot e disparou:

– “Há três dias que estou aqui e ninguém ainda me fez ver a Bernadette!”

A religiosa respondeu:

– “Bernadette? Mas ela está aí!”

E ao mesmo tempo apontou para a religiosa que estava ao lado dela.

– “Isto?” – exclamou surpresa a noviça, que havia feito uma ideia errada da vidente de Lourdes.

– “Mas, sim, Mademoiselle, não é senão isto”, respondeu amavelmente Santa Bernadette, que lhe testemunhou desde então uma verdadeira simpatia.


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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

O drama da família de Santa Bernadette
e o milagre de Justin Bouhort

Nos dias das aparições a família de Santa Bernadette tinha caído num tal miséria que toda ela morava numa cela abandonada da delegacia, em condições deploráveis: frio, fome, mal cheiro, etc. E o filho da vizinha desesperada... estava agonizando!!!
Nos dias das aparições a família de Santa Bernadette tinha caído num tal miséria
que toda ela morava numa cela abandonada da delegacia,
em condições deploráveis: frio, fome, mal cheiro, etc.
E o filho da vizinha desesperada... estava agonizando!!!

Luis Dufaur
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O 11 de fevereiro de 1858 foi um dia de problemas dolorosos para a família de Santa Bernadette, não se diferenciando muito dos outros.

O pai da Santa, Francisco Soubirous, saíra cedo à procura de um ‘bico’. Na casa não havia o que comer.

Após muito tentar, achou um que arrepiou sua honra de dono de engenho: carregar o lixo hospitalar do posto de saúde de Lourdes e queimá-lo fora da cidade, numa gruta onde, por vezes, se guardavam porcos.

O nome da gruta era Massabielle.

Francisco ganhou vinte “sous” (= tostões). Com eles, a engenhosa Louise preparou uma sopa para o almoço da família.

Enquanto Francisco estava fora, Louise, a mãe de Santa Bernadette, que ficara na casa, ouviu os gritos lancinantes da vizinha Croisine Bouhort. Ela a chamava desesperadamente.

Justin Bouhort assistiu à canonização de Santa Bernadette em Roma,  75 anos depois do milagre!
Justin Bouhort assistiu à canonização de Santa Bernadette,
em Roma, 75 anos depois do milagre!
Seu filinho Justin que nascera raquítico, agonizava mais uma vez.

A família, aliás, já costurava as roupas com que na região são enterradas as crianças.

Mas a paciência e o tato materno de Louise, em mais de uma oportunidade impedira o desenlace fatal do bebê.

E naquele dia de privações, Louise fez ainda o prodígio de manter em vida a criancinha doente.

Não muitos dias depois, Croisine Bouhort num outro momento de desespero, tocada pela graça, fugiu correndo com a criança que morria e a imergiu na fria fonte da gruta de Lourdes, enquanto todos tentavam dissuadi-la.

A intuição sobrenatural materna estava certa, e Justin foi um dos primeiros miraculados de Lourdes.

75 anos depois, em 8 de dezembro de 1933, Justin Bouhort, vigoroso horticultor de Pau com 77 anos de idade assistiu, na Praça de São Pedro em Roma, à canonização de Santa Bernadette pelo Santo Padre o Papa Pio XI.

Graças à fé de minha mãe, repetia ele.


Vídeo: O milagre de Justin Bouhort, reconstrução cinematográfica




quarta-feira, 17 de agosto de 2022

“Fiz o sacrifício de Lourdes. Verei a Virgem no céu” (1871-1876)

Material para fazer hóstias usado por Santa Bernadette no convento de Nevers.
Material para fazer hóstias usado por Santa Bernadette no convento de Nevers.
Luis Dufaur
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1872

Agosto

Irmã Eudoxia Chatelain:

Bernadete tinha uma devoção especial por São José, o que me deixava um pouco impressionada, já que ela era a filha privilegiada de Nossa Senhora.

Um dia, eu a ouvi dizer:
“Vou fazer uma visitinha a meu pai”. Era São José: ela ia sempre rezar para ele na capela.

Dizia: “Amem muito o Senhor, minhas filhas. Nisso está tudo”.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

O milagre do sorriso de Nossa Senhora
no rosto de Santa Bernadette

Luis Dufaur
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Eis o comovedor relato de um milagre de Lourdes:


Um dia, um sacerdote se aproximou de nós diante de Grota e nos mostrou um velho no meio da multidão.

Ele estava piedosamente ajoelhado e rezava com os braços em cruz.

“Interrogai-o, disse o sacerdote, nós o chamamos de ‘o miraculado do sorriso da Virgem”.

Nós nos aproximamos do peregrino, e ele com o melhor charme do mundo, nos contou sua história.

Ele era o conde de Bruissard, e efetivamente ele vira o sorriso da Virgem, da mesma maneira que nós vemos o reflexo do sol num lago de águas puras e tranquilas.

Ele o viu refletido no rosto transfigurado de Santa Bernadette.

Eis o que ele nos contou:

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Santa Bernadette em Nevers:
“Eu só tenho medo dos maus católicos” (1870)

Imagem no convento de Nevers representa Santa Bernadette durante as aparições
Imagem no convento de Nevers
representa Santa Bernadette durante as aparições
Luis Dufaur
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1870

Abril

Irmã Angela (na época, postulante):

Irmã Marie-Bernard [N.R.: nome de religião de Santa Bernadette] me perguntou: 

“Senhorita, o que você tem?”.

Eu lhe respondi: “Acabo de receber uma notícia ruim: minha mãe está para morrer; talvez a esta hora já esteja morta”.

Então irmã Marie-Bernard me disse, com um sorriso que jamais esquecerei e aquele seu olhar penetrante: “Não chore, Nossa Senhora vai curá-la; vou rezar por ela”.


Agosto

Irmã Madalena Bounaix:

Em 15 de agosto de 1870, eu estava com ela na enfermaria São José; ela havia me dado uma fruta para o lanche; nós conversávamos sobre a festa daquele dia e eu lhe disse:

“Irmã, você vai rezar por mim hoje?”.

“Sim, mas com uma condição: que você também o faça por mim. Todos precisamos de orações.”

Eu, então, acrescentei:

“Como deve ser bonita a festa no céu, e Nossa Senhora, como deve ser bonita também”.

“Oh, sim”, ela disse, “depois que a gente a vê, não consegue mais ficar apegada à terra!”.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Santa Bernadette no convívio do convento de Nevers (1866-1867)

Imagem de Santa Bernadette no convento de Nevers.
Imagem de Santa Bernadette no convento de Nevers.
Luis Dufaur
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Vejamos testemunhos das religiosas e de pessoas que encontraram Bernadete durante a sua permanência na casa-mãe da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers, de 1866 até sua morte, em 16 de abril de 1879.


1866

Julho

Irmã Emiliana Duboé:

Bernadete ficou sob meus cuidados desde sua chegada ao noviciado, para que se acostumasse. [...] O que lhe doía era não ver mais a gruta de Lourdes.

“Se você soubesse”, ela me disse, “o que eu vi de bonito ali”. Eu tinha a tentação de perguntar, mas ela me respondeu que não podia dizer nada, que a mestra das noviças a havia proibido.

Dizia-me: “Se você soubesse como Nossa Senhora é boa!”.

Um dia Bernadete me mostrou que eu fazia mal o sinal da cruz. Eu respondi a ela que certamente não o fazia tão bem quanto ela, que o aprendera de Nossa Senhora.

“É preciso ter atenção”, ela me disse, “pois fazer bem o sinal da cruz significa muito”.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

O que falava Santa Bernadette quando era religiosa (1868-1869)

Santa Bernadette religiosa em Nevers. [N.R.: nome de religião irmã Marie-Bernard]
Santa Bernadette religiosa em Nevers.
[N.R.: nome de religião irmã Marie-Bernard]
Luis Dufaur
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1868

Irmã Charles Ramillon:

Eu estava presente, um dia, quando uma de nós lhe disse: 

“Você contou os segredos de Nossa Senhora à madre superiora?”. 

“Não.”

“Nem à mestra das noviças?” 

“Nem a ela.”

Então, acrescentei: “Mas, e se o Santo Padre perguntasse quais são esses segredos?”. 

Ela respondeu: “Eu pensaria no caso”.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Santa Bernadete fugia dos que queriam vê-la

Capela do convento. Aqui pode se ver o corpo de Santa Bernadete.
Capela do convento de Nevers onde pode se venera o corpo de Santa Bernadette.
Luis Dufaur
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No hospital de Lourdes como pupila e mais tarde no convento de Saint-Gildard em Nevers, como religiosa, Santa Bernadete trabalhou na enfermaria.

O trabalho lhe aprazia, pois atendia a seu profundo desejo de se consagrar aos mais pobres e desvalidos.

Tanto no hospital de Lourdes quanto no convento de Nevers a Santa não pôde evitar inteiramente as visitas mais categorizadas que queriam conhecê-la.

Ela escapulia dos compromissos quanto podia sem violar a obediência e o respeito. Muitas vezes,porém, tratava-se de bispos aos quais não podia evitar.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

O verdadeiro feitio moral de Santa Bernadette

Santa Bernadette
Luis Dufaur
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Sobre a vida Santa Bernadette Soubirous, Virgem, a quem Nossa Senhora apareceu, em Lourdes, o conceituado hagiógrafo Rorbacher diz o seguinte:

“Bernadette Soubirous era uma criança em tudo igual às outras. Nela só se destacavam a expressão do olhar de invulgar inocência”.

“Na primeira aparição, Bernadette só pode fazer o Sinal da Cruz depois que Nossa Senhora o fez. Mas segundo numerosas testemunhas, depois dessa visão, em toda a vida de Bernadette, seu Sinal da Cruz era inigualável e realmente inesquecível. Um sinal inimitável, pois a vidente o aprendera com a Santíssima Virgem.”

“Uma ocasião, no convento, insistiam com a Irmã Bernarda para que dissesse como era o vestido com o qual Nossa Senhora lhe aparecia. Uma das religiosas dizia que era desta fazenda, outra, daquela. Respondeu-lhe Bernadette:

“`Eu não disse que o vestido era disso ou daquilo. Era de um pano que nunca vi. Ademais, se querem saber tanta coisa, fazei Nossa Senhora voltar outra vez e vede bem'.

“Grande era sua humildade. Quando alguém a procurou certa vez para que dissesse algumas palavras de edificação às noviças, respondeu sorrindo: `Ai, nada sei. O que se pode arrancar de uma pedra, minha Irmã?'

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 3

Santa Bernadette: corpo incorrupto em Nevers, França.
Santa Bernadette: corpo incorrupto em Nevers, França.
Luis Dufaur
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Continuação do post anterior: Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 2

Humilhai-me, então quanto Vos aprouver, e consolai-me somente a fim de que eu possa sofrer e perseverar até à morte no sofrimento.
Ela não diz, por exemplo: “Mandai-me agora novas humilhações”.

Não, é quanto quiserdes.

Se quiserdes fazer cessar essas humilhações agora, está bem. Se quiserdes inundar-me de consolações agora, está bem.

Mas também se, de outro lado, Vós quereis me humilhar, na aparência quebrar-me, eu aceito, ó meu Deus. Eu sei que é Vossa mão que está dirigindo as coisas.

Como um maestro com sua batuta dirige os vários instrumentos musicais, assim as várias causas da minha desolação funcionam à maneira de uma orquestra de dores.

Às vezes Nosso Senhor manda outro fator que torna a dor mais viva, ou manda outra decepção.

Então será a traição de um amigo, de um ser querido, será uma dor física, será um prejuízo nos negócios, será a perspectiva de um agravamento muito grande de uma moléstia, será isto, aquilo e aquilo outro.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 2

Santa Bernadette, sendo velada
Santa Bernadette, sendo velada
Luis Dufaur
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Continuação do post anterior: Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 1

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais, mas que não me abandoneis na aflição, que me ensineis a procurar-Vos nela como o único consolador, que sustentais nela a minha fé, que nela fortifiqueis minha esperança, que purifiqueis nela o meu amor; concedei-me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.
É tão linda e tão cristalina essa súplica – aliás, se nós, por exemplo, colássemos aos pés de uma imagem de Nosso Senhor crucificado só essa súplica, sem o mais, já teria todo o sentido – que nem creio que seja necessário comentário.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus,...
Eu Vos conjuro quer dizer Vos peço.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos,...

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Oração de Santa Bernadete pedindo a resignação na hora do abandono – 1

Santa Bernadette Soubirous, Moret-sur-Loing.
Santa Bernadette Soubirous, Moret-sur-Loing.
Luis Dufaur
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Santa Bernadette Soubirous sofreu a pior sensação de abandono: quando parece que a graça de Deus nos abandonou.

E ela deixou uma oração que nos ensina a receber bem essa provação por amor a Jesus na Sua Paixão:

A oração diz:

Ó Jesus desolado e ao mesmo tempo refúgio das almas desoladas, Vosso amor ensina-me que é de Vossos abandonos que devo haurir toda a força de que necessito para suportar os meus.
Aqui está a primeira ideia. Eu devo sofrer porque Jesus na Sua Paixão sofreu desolações, Ele se sentiu abandonado, Ele se sentiu incompreendido.

No momento, por exemplo, em que Ele disse: “Esse pão é verdadeiramente minha carne...”. Ele disse alguma coisa que fazia alusão à divindade dEle e à presença real dEle no Santíssimo Sacramento.

Naquela ocasião alguns O abandonaram. Ele então se voltou para os que ficavam e fez uma pergunta, onde aparece toda a dor da desolação por causa daqueles que O tinham abandonado: “E vós também me abandonais?”

São Pedro então teve essa resposta magnífica: “Para onde iremos, Senhor, se só Vós tendes palavras de vida eterna?”
Santa Bernadette está sofrendo a desolação, mas lembra que Nosso Senhor sofreu a desolação. E, entre outras muitas intenções, sofreu pelas almas desoladas.

Então ela, por assim dizer, se refugia junto a Nosso Senhor e na desolação dela, ela vai fazer companhia ao grande Desolado, com “D” maiúsculo: é Ele. Estar junto de Jesus alguma coisa se alivia na desolação.